Encenações

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ensolarada Capital do desrespeito.

Como lidar com a individualidade dentro de contextos coletivos? Nossa parece mais um trava língua. E é para ser mesmo, pois muitos andam de língua travada com os acontecimentos recentes ligados aos grupos de teatro da ensolarada capital potiguar. Grupos como o La Trupe, Tropa Trupe, Clowns, Atores à Deriva e claro Facetas, do qual faço parte. Destaco estes por ambos terem características parecidas: desejo de um trabalho artístico continuado pautado em princípios coletivos que seja subsidiado por políticas públicas.
Pois bem, estes citados têm resistido cada um sua maneira a selvageria que é sobreviver de teatro. O ano está se acabando e a pouco o que se comemorar se pensarmos em ações consistentes para a garantia de trabalho digno na nossa capital. Se não fosse os editais federais e privados alguns desses grupos estariam fadados a míngua de suas bilheterias e projetos alternativos.
O que tudo isso tem a ver com a tal coletividade? Muito. Se utilizarmos a soma de valores políticos e ideológicos de cada grupo detém, aliado a construção de ações mais ousadas, como manifestos e cartas abertas a imprensa poderemos enfim tornar realidade o desejo coletivo de produzir arte dignamente na capital ensolarada.

3 comentários:

  1. Bom levantamento!

    Uma parte do problema é que a coletividade ou "vibe grupal" da maioria - não é o caso dos coletivos citados - infelizmente, está fragilizada. Quanto às ações mais ousadas, acho dignas! Embora, desconfie que o sol está torrando tanto o juízo de ALGUNS que fica difícil lançar nossas reivindicações sem perdê-las pro calor da cidade. É! Quase que inevitavelmente viram fumaça.

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